quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

O MEDO DA DOR

Como tenho feito nos outros textos deste blog, procuro escrever aqui de modo sucinto, mas com uma certa delicadeza no trato.
O medo é uma emoção. Emoção que se sente no corpo todo, porém ela se manifesta na região dos rins. Os rins assim como as orelhas e os pés têm formato de semente. Estes são os "órgãos" do instinto. E o medo é a emoção que dá movimento a estes aparelhos.
Tudo isso é natural.
Por outro lado existe o medo de sentir medo.
Isto ocorre pelo fato do medo gerar certas dores no corpo.
O medo de sentir medo é na verdade o medo de sentir dor.
Tanto são os medos. Uma vez compreendi que aquela aceitação e reconhecimento que geralmente se busca na profissão ou na vida pessoal é um medo de solidão.

Aprendi desde criança de que nunca estamos sozinhos e a maior testemunha de nossas ações é a terra na qual pisamos. Alguns a chamam de A Mãe Terra. Gaia, por assim dizer. Ou simplesmente A Mãe.
Saber que sempre a temos do nosso lado, ou melhor, dentro do coração, é saber também que todo e qualquer medo pode ser superado. Assim como a dor.

Aprendi também a controlar o medo do medo. As dores geradas pelas fantasias ou covardias da mente em superar os medos dos medos são facilmente anuladas quando a atenção se volta para a concentração da respiração.
Respirar alivia mesmo o medo, e conseqüentemente a dor quando esta é fruto do próprio pensamento de baixo auto estima e arrependimento.
Esta é minha missão como fisioterapeuta: ajudar a respirar melhor e a ampliar as percepções de auto controle.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

TEORIA EXTRATERRESTRE


São tantos problemas e desentendimentos que o ser humano já não sabe mais voltar-se ao silêncio e reequilibrar.


Quando esquecemos que os processos conscientes da respiração são os mantenedores da vida nos desconectamos de nossa parcela terrestre. Tornamo-nos um extraterrestre de si mesmo.


Não parar para respirar ou reequilibrar o sistema denota um ser desconectado das Leis que regem os relacionamentos. Relacionar-se com si mesmo em momentos de solitude é relacionar-se com essa Lei da vida e do universo.

O dia-a-dia atribulado e atabalhoado pode não ser uma barreira para percepção de si se houver uma atenção concentrada em si mesmo na respiração. Uma prática constante de poucos minutos eleva o potencial da atenção concentrada o que elimina tendências nocivas à saúde do não auto conhecimento. É uma postura legítima para quem pretende assumir o papel de protagonista nas empreitadas da vida.
Somos agentes das dores ou da cura de nosso corpo. Também não estamos sozinhos no intrincado caos dos diversos caminhos da vida e da espiritualidade.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

ALÍVIO DE DORES DE COLUNA

Deitar-se sobre o chão duro e protegido do frio pode melhorar algumas dores de coluna.
Mas a maioria das dores exige uma ação expansiva e criativa do movimento.
Ao longo desses anos como fisioterapeuta da postura desenvolvi uma técnica bastante eficaz em diversos casos de dores de coluna, e nos casos mais atípicos tenho obtido bons resultados.
Chamei a técnica de FRP - fisioterapia de reequilíbrio postural. Uma sucessão de exercícios posturais que mesclam movimentos ativos, passivos e ativos assistidos com massagens e alongamentos. Porém nada disso surtiria o efeito desejado se durante a prática não houvesse um trabalho de ampliação da respiração. Por isso as massagens tem um toque terapêutico onde a imposição de mãos aumentam o potencial do paciente em respirar profundamente.

Espreguiçar e respirar são práticas de saúde gratuitas. Mas grande parte das pessoas não às pratica. Desse modo a coluna vertebral se desgasta por não expandir-se com a respiração e o espreguiçamento.
Nossa inspiração é sempre comprometida por fumaça, fuligem, ar seco, poluição.
Não há musculação que a sustente. Não há remédio que a cure. Somente a integração desses fatores pode curar uma coluna doente. O fisioterapeuta postural pode trilhar esses passos junto. Depende de abertura de quem deseja crescer.