terça-feira, 31 de agosto de 2010

A MORTE PEDE PASSAGEM


O corpo e o cérebro são dotados de emoções. Essas emoções fazem parte de todo o organismo, mesmo na parte cerebral ligada ao raciocínio.

O raciocínio, que representa 20% de toda massa cerebral, é parte da mente.
Os 80% restantes são destinados aos movimentos, que também fazem parte da mente.

Os neurocientistas sabem que as emoções interferem na qualidade do pensamento.
O pensamento não está somente em 20% da área destinada à razão, mas está também espalhado por toda a massa encefálica e corporal.
Os chineses, com sua imensa sabedoria milenar, dizem que o pensamento brota do coração.

As emoções chegam a distorcer a mente em casos de grande estresse. E aqui surge nosso tema.
A mente é um conceito abstrato de inteligibilidade e comportamento.
Quando a mente se mancha de emoções, ocorre uma distorção de realidade.

O exemplo mais claro está na dicotomia do medo de morrer e do medo de morte.
O medo de morrer é um fenômeno puramente físico e inevitável.
O medo de morte está ligado às coisas naturais do organismo e do cotidiano da vida. A morte é uma experiência vivida a cada expiração. A sensação de morte se torna uma fantasia na presença de uma mente distorcida. Uma imagem conhecida por todos: a morte de capuz e foice! É distorção da realidade.

A emoção distorcida na mente é como aquarela no papel seco. Se espalha rápido e, com muitas cores juntas, resulta numa cor escura.

Nesse caso a emoção distorcida gera uma sensação irreal no corpo e na mente, o que faz com que o individuo mentalmente se comprometa com suas emoções, cultivando preocupações, angústias, pânico.

É de competência da respiração apaziguar a mente das emoções distorcidas. Ao longo de uma seqüencia de respirações o bloqueio do medo de morrer se distingue das experiências de morte. As práticas de exercícios respiratórios, assim como as ervas de poder, revelam uma real visão do estado mental das emoções.

A mente distorcida obscurece a visão e os movimentos. A respiração clareia. Com exercícios de respiração a mente começa a experimentar novas escolhas e decisões.

A morte, que constantemente pede passagem para se desprender de uma mente de emoções distorcidas, com exercícios de respiração se liberta.

Não havendo mais tal preocupação em relação à morte, o pedido de passagem deixa de ser da morte para se tornar um pedido de passagem pelos momentos da vida. Uma feliz clareza se revela nos reais momentos de uma mente limpa.
Que passemos bem pela vida. E que a morte seja a cada expiração.

sábado, 28 de agosto de 2010

O DE DENTRO, E O DE FORA.

Se fosse realmente verdade que não há no mundo uma grande mentira não seríamos tão desequilibrados com o meio ambiente como somos. Porque o meio ambiente é reflexo do que somos por dentro. E o que acontece dentro do ser humano?
A resposta é simples: o homem não pára para ouvir a si mesmo - o ser humano.

Ouvir a si mesmo é descobrir os movimentos naturais do organismo. E um dos mais importantes movimentos naturais do organismo é a Meditação.

Meditar de modo consciente é que o torna mais fortalecido e revigorado porque a meditação já ocorre naturalmente sem percebermos. Quando devaneamos por exemplo.
O devaneio é um estágio da meditação.

A fantasia não. A fantasia é um desejo guardado pela falta do movimento.
O devaneio é uma forma natural do cérebro armazenar e digerir experiências para se projetar aos tempos vindouros.

Bom, acredito que toda essa grande mentira no qual estamos todos inseridos é realmente uma verdade que incomoda. Então, como saber a melhor maneira de começar a arrumar a casa que vivemos, o planta Terra? Que tal começarmos por dentro primeiro? Daí o fora será conseqüência natural assim como o dentro o é.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

MEDITAÇÃO NO COTIDIANO

O texto a seguir foi escrito por mim sob influxo da meditação ativa. Portanto procurei postar do jeitinho que veio, duma vez! Aproveitem a leitura com uma trilha musical.
(clique "play" - Boa leitura e boa viajem!)
Serenidade. Compreensão. Imparcialidade. Elevação. Estas são algumas das mais belas qualidades da alma. Inatas, são reveladas no corpo físico, no cotidiano da vida, na mente e nas atitudes quando não há mais nenhuma expectativa de reconhecimento ou de espera de retribuição da tarefa realizada.

Quando a ação desinteressada for realizada sem apego aos resultados recebe-se em troca a recompensa inesperada: perdas.

"Percebe que em verdade nada faz, mas cumpre a sua tarefa sem sentir apego, e entrega os resultados ao Milagre da Vida, ao Universo". Essas revelações são aquelas cujo Santo diria serem divinas. O católico diria ser uma aquisição pela religião como doutrina. Muitos outros diriam "isso é só filosofia" como se ela não fosse aplicável, fosse distante e utópica a praticidade do cotidiano.

O maior desafio na meditação no cotidiano é a perda do medo. A perda de tudo que não faz enxergar a si mesmo. Porém aquele que desperta para tais qualidades e age sub seu influxo, e sabe, que ainda assim, são qualidades a serem transcendidas ao longo do caminho porque a percepção do medo também é uma ilusão.
Sugestão de leitura, o blog Vida Ativa de Ana Thomaz.