sexta-feira, 15 de outubro de 2010

HORÁRIO DE VERÃO - ESTRESSE X SONO

Todos os anos, os cientistas discutem o assunto para saber quais seriam as dificuldades biológicas do organismo na alteração de uma hora nas atividades diárias.
Desde 1932, o governo brasileiro adotou o horário de verão sob influência de outros países europeus. Do terceiro domingo do mês de outubro até o segundo domingo de fevereiro, adiantar o relógio tem sido uma forma revolucionária de economizar energia elétrica nos horários de pico nos dias mais longos.

O Sol, nesse período primavera-verão, se põe mais cedo. Com o adiantamento do relógio industrial em uma hora, o governo espera diminuir em 1% o consumo nacional de energia. Estudo este, baseado no consumo elétrico habitacional.

Porém, ao contrário do que se pensa, o horário de verão é o símbolo de uma sociedade industrial poluidora, consumista, e que não se importa, com veemência, com a preservação dos recursos naturais e das condições de vida das gerações futuras.

Aceitar o horário de verão não muda nada em relação a utilização correta dos recursos naturais. Somente mantém o mesmo caos em que vivemos nos centros urbanos.

Enquanto pouco se faz em prol da preservação, os recurso naturais vão sendo esgotados. Isso vale também aos recursos naturais do próprio organismo humano. O organismo também perde seu potencial de cura e equilíbrio quando na alteração do ciclo do sono-vigília ligado ao Sol.

Com o discurso de que o horário de verão serve para economizar energia elétrica nos dias mais longos, ambientalistas acreditam que alterar a hora é a melhor saída para o planeta. Essa era uma realidade do começo do século XX, em Portugal, quando realmente não havia tecnologia a altura para a demanda do consumo de energia das grandes cidades.

Em contrapartida, o que realmente ocorre nos dias de hoje é um maior consumo da saúde porque contribui para o aumento de estresse e falta de um sono reparador.

O alerta é para pessoas que vivem diariamente o estresse a flor da pele. Uma noite mal dormida, o que não é raro no meio urbano, para quem acorda cedo, pode ser fatal.
Por exemplo, quem acorda cedo, pela manhã, às seis horas, no horário de verão estará acordando antes dos primeiros raios do Sol. O relógio biológico trabalha junto aos raios azuis do Sol. A glândula pineal, responsável pelo ciclo de sono-vigília, sem os raios azuis do Sol, não libera melatonina para a corrente sanguínea. Este é um hormônio que desperta o corpo à partir da luz azul do sol.
Acordar antes da liberação da melatonia seria semelhante à retirada de um celular da tomada, antes da recarga completa da bateria.

Conheci diversos casos de jovens acometidos por infarto fulminante em decorrência da falta de sono. O estresse mal administrado somado a uma péssima qualidade de sono é um veneno mortal para a saúde.
O horário de verão, no meu ponto de vista, é prejudicial, arcaico, anacrônico, de um comportamento não cidadão e de atitude nada profícua para com a sociedade. Mas enquanto não houver a tal eco transformação na utilização dos recursos naturais, parece que o horário de verão ainda é a melhor saída.
E, agora vou dormir, senão não acordo amanhã para trabalhar... cedo!




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