terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

HÁBITOS DIÁRIOS E A CIÊNCIA MÉDICA FISIOTERAPÊUTICA



Na contagem do tempo as pessoas crescem e amadurecem seguindo diferentes caminhos na vida. Mesmo entre familiares, cada pessoa é diferente uma da outra.  Se me permite dar um passo à diante nesta discussão, as crenças culturais ditam o tom da saúde e da postura. 

Nossas crenças criam movimentos corporais ou paralisias. Uma paralisia amplamente praticada no processo educacional é a idéia de que envelhecemos. Ela é equivocada, e eu vou provar para você que estes cientistas que enxergam desta maneira estão no mínimo enganados.

Acreditar que envelhecemos é acreditar também que a ciência precise avançar tecnologicamente para nos manter vivos. Pensa em adoecer quando velho e desgastado pagando um plano de "doença" com valores exorbitantes. Como disse Dalai Lama: "...gasta a saúde para ter dinheiro. Depois gasta o dinheiro para ter saúde".

Sair deste paradígma social é entender os processos naturais do corpo físico e suas urgências, funções e praticas de auto cuidado.

A começar, descartar a idéia de que envelhecemos e ficamos doentes por: Não envelheço, amadureço. E amadureço significa supero meus medos e ignorâncias com conhecimento e sabedoria. O auto conhecimento nos torna seres humanos  observadores de si mesmo e do coletivo. Como na oração. Como no devaneio. Como no momento de insight. A vida é próspera por natureza. O ser humano é vida. Logo, o ser humano é natureza. Sua natureza difere uns dos outros. Específicamente em quatro tipos de pessoa, segundo novos estudos da neurociência. Acompanhe este raciocínio.

Pesquisas recentes na neurociência considera um novo trabalho de pesquisa que inclui um montante de material de cinquenta anos ou mais. Este novo trabalho indica que o cérebro ou encéfalo está dividido em quatro partes e não mais em duas como antes se acreditava, hemisfério direito e esquerdo.

Agora entende-se que o cérebro também funciona de cima para baixo e de baixo para cima.
De baixo para cima já era bem conhecido pelos estudos de caso de fisioterapia. O de cima para baixo é que perduravam grandes mistérios que envolve assuntos mais avançados como por exemplo, o funcionamento da glândula pineal e sua função com o baço no ciclo do sono.
Enfim, existem quatro tipos de modos cognitivos e pela neurociência, são eles: 

Modo Cognitivo Condutor - utiliza de todo o hemisfério diluindo os períodos de cognição ao longo do dia.
Modo Cognitivo Adaptador - . Possue pico de cognição no período noturno por volta das 2 horas da manhã.
Modo Cognitivo Perceptivo - utiliza pico de cognição no período diurno, próximo das 15 horas. 
Modo Cognitivo Comunicador - utiliza pico cognitivo no período matutino, por volta das 9 horas da manhã.

Existe uma relação direta com uma outra ciência mais antiga, ciência ancestral chinêsa. No conhecimento filosófico chinês há uma divisão do funcionamento da vida, e da existência personificada do ser humano, baseada no conceito dos cinco elementos. Sua ciência médica estudou e aplicou tal conhecimento que chega truncada ao ocidente, com a visão subtraída à respeito dos elementos da natureza e os talentos e virtudes dos seres. (Sem este conhecimento fica fácil acreditar que o corpo envelhece).

Segundo esta filosofia, todos somos Terra em potêncial. A Terra contém os outros quatro elementos Metal, Água, Madeira e Fogo. Cada pessoa tem um dos quatro elementos em excesso definindo pessoa metal, pessoa água, pessoa madeira, pessoa fogo, respectivamente.

A descoberta dos neurocientistas encaixa perfeitamente na filosofia médica oriental chinêsa, equiparando respectivamente, com o modo cognitivo de pessoa condutora,  modo cognitivo adaptaiva, perceptiva e comunicadora. Outra correlação está na classificação dos biotipos para quatro diferentes tipos de pessoas, pessoa pulmonar, renal, hepática e sanguínea.

A ciência médica fisioterapêutica considera o tratamento do corpo, das emoções e da cognição.
Do corpo e das emoções com derivações de exercícios não prescritivos, e o tratamento da cognição referente ao hábitos diários. O processo de envelhecimento realmente ocorre. Ele ocorre diante uma atitude que vai contra a própria natureza da pessoa. Quando cada um é cuidado com o olhar atento considerando hábitos diários no tratamento de dores e disfunções diversas, o tratamento reverte o processo de envelhecimento por aquisição de hábitos de sua própria natureza.

Falarei mais conforme solicitação dos leitores. Meus pacientes tem alguns depoimentos. Em breve, aqui neste canal.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

PLANO DE DOENÇA


Por Carlos Bayma

Aos 30 anos, você tem uma depressãozinha, uma tristeza meio persistente: prescreve-se FLUOXETINA. A Fluoxetina dificulta seu sono. Então, prescreve-se CLONAZEPAM, o Rivotril da vida. O Clonazepam o deixa meio bobo ao acordar e reduz sua memória. Volta ao doutor.

Ele nota que você aumentou de peso. Aí, prescreve SIBUTRAMINA.

A Sibutramina o faz perder uns quilinhos, mas lhe dá uma taquicardia incômoda. Novo retorno ao doutor. Além da taquicardia, ele nota que você, além da “batedeira” no coração, também está com a pressão alta. Então, prescreve-lhe LOSARTANA e ATENOLOL, este último para reduzir sua taquicardia.

Você já está com 35 anos e toma: Fluoxetina, Clonazepam, Sibutramina, Losartana e Atenolol. E, aparentemente adequado, um “polivitamínicos” é prescrito. Como o doutor não entende nada de vitaminas e minerais, manda que você compre um “Polivitamínico de A a Z” da vida, que pra muito pouca coisa serve. Mas, na mídia, Luciano Huck disse que esse é ótimo. Você acreditou, e comprou. Lamento!

Já se vão R$ 350,00 por mês. Pode pesar no orçamento. O dinheiro a ser gasto em investimentos e lazer, escorre para o ralo da indústria farmacêutica. Você começa a ficar nervoso, preocupado e ansioso (apesar da Fluoxetina e do Clonazepam), pois as contas não batem no fim do mês. Começa a sentir dor de estômago e azia. Seu intestino fica “preso”. Vai a outro doutor. Prescrição: OMEPRAZOL + DOMPERIDONA + LAXANTE “NATURAL”.

Os sintomas somem, mas só os sintomas, apesar da “escangalhação” que virou sua flora intestinal. Outras queixas aparecem. Dentre elas, uma é particularmente perturbadora: aos 37 anos, apenas, você não tem mais potência sexual. Além de estar “brochando” com frequência, tem pouquíssimo esperma e a libido está embaixo dos pés.

Para o doutor da medicina da doença, isso não é problema. Até manda você escolher o remédio: SILDANAFIL, TADALAFIL, LODENAFIL ou VARDENAFIL, escolha por pim-pam-pum. Sua potência melhora, mas, como consequência, esses remédios dão uma tremenda dor de cabeça, palpitação, vermelhidão e coriza. Não há problema, o doutor aumenta a dose do ATENOLOL e passa uma NEOSALDINA para você tomar antes do sexo. Se precisar, instila um “remedinho” para seu corrimento nasal, que sobrecarrega seu coração.

Quando tudo parecia solucionado, aos 40 anos, você percebe que seus dentes estão apodrecendo e caindo. (entre nós, é o antidepressivo). Tome grana pra gastar com o dentista. Nessa mesma época, outra constatação: sua memória está falhando bem mais que o habitual. Mais uma vez, para seu doutor, isso não é problema: GINKGO BILOBA é prescrito.

Nos exames de rotina, sua glicose está em 110 e seu colesterol em 220. Nas costas da folha de receituário, o doutor prescreve METFORMINA + SINVASTATINA. “É para evitar Diabetes e Infarto”, diz o cuidador de sua saúde(?!).

Aos 40 e poucos anos, você já toma: FLUOXETINA, CLONAZEPAM, LOSARTANA, ATENOLOL, POLIVITAMÍNICO de A a Z, OMEPRAZOL, DOMPERIDONA, LAXANTE “NATURAL”, SILDENAFIL, VARDENAFIL, LODENAFIL ou TADALAFIL, NEOSALDINA (ou “Neusa”, como chamam), GINKGO BILOBA, METFORMINA e SINVASTATINA (convenhamos, isso está muito longe de ser saudável!). Mil reais por mês! E sem saúde!!!

Entretanto, você ainda continua deprimido, cansado e engordando. O doutor, de novo. Troca a Fluoxetina por DULOXETINA, um antidepressivo “mais moderno”. Após dois meses você se sente melhor (ou um pouco “menos ruim”). Porém, outro contratempo surge: o novo antidepressivo o faz urinar demoradamente e com jato fraco. Passa a ser necessário levantar duas vezes à noite para mijar. Lá se foi seu sono, seu descanso extremamente necessário para sua saúde. Mas isso é fácil para seu doutor: ele prescreve TANSULOSINA, para ajudar na micção, o ato de urinar. Você melhora, realmente, contudo... não ejacula mais. Não sai nada! Vou parar por aqui. É deprimente. Isso não é medicina. Isso não é saúde.

Essa história termina com uma situação cada vez mais comum: a DERROCADA EM BLOCO da sua saúde. Você está obeso, sem disposição, com sofrível ereção e memória e concentração deficientes. Diabético, hipertenso e com suspeita de câncer. Dentes: nem vou falar. O peso elevado arrebentou seu joelho (um doutor cogitou até colocar uma prótese). Surge na sua cabeça a ideia maluca de procurar um CIRURGIÃO BARIÁTRICO, para “reduzir seu estômago” e um PSICOTERAPEUTA para cuidar de seu juízo destrambelhado é aconselhado.

Sem grana, triste, ansioso, deprimido, pensando em dar fim à sua minguada vida e... DOENTE, muito doente! Apesar dos “remédios” (ou por causa deles!!).

A indústria farmacêutica? “Vai bem, obrigado!”, mais ainda com sua valiosa contribuição por anos ou décadas. E o seu doutor? “Bem, obrigado!”, graças à sua doença (ou à doença plantada passo-a-passo em sua vida).