quarta-feira, 27 de outubro de 2010

ALONGAMENTO DA RESPIRAÇÃO NO DESPORTO

Corrida, futebol, triatlon, bike, moto cross-country, carte. Muitos são os que utilizam do esporte de fim de semana como um meio de diminuir o estresse da semana.
E não são poucos os casos de lesões novas ou repetidas, agudas ou crônicas, ocorridas pelo despreparo postural em relação ao aporte respiratório adequado durante e após a prática esportiva.

Outra preocupação real e muito comum é a falta de associação de outras modalidades esportivas ao esporte principal. O nadador, por exemplo, complementa sua prática esportiva com exercícios posturais de solo: abdominais, barra e bicicleta indoor. Estas são práticas complementares indiscutíveis para quem pretende manter a forma e aprender a dosar os exercícios posturais antes e depois do treino. Porém ainda falta uma última prática, e não menos importante : a prática da respiração completa.

A respiração completa é outra forma complementar para a atividade física em geral, e é uma forma de prevenção de lesões do desporto, bem como na investida do atleta em superar limites.

Direcionar esse novo treinamento é uma tarefa árdua e atenta tanto para o esportista quanto para o fisioterapeuta. Esse é um nicho da fisioterapia chamada fisioterapia postural.

A Fisioterapia Postural é um processo emancipatório, tanto na prática de reorganização das cadeias neuromusculares, quanto para o reequilíbrio do coração e do tronco encefálico. Ela complementa os exercícios posturais porque seu treinamento inclue a respiração completa que previne uma série de possíveis lesões do desporto.

Isso ocorre de duas maneiras: uma, de modo a manter o corpo restaurado do treinamento esportivo; e outra que reequilibra o fluxo da água do organismo.

Procurando esclarecer: os exercícios posturais são programas de treinamentos voltados para a melhoria do endurance do atleta. O treinamento postural inclui a respiração completa como forma de movimentar o corpo. Ou seja, respirar fundo depende de autocontrole, o que envolve um conhecimento mais aprofundado dos órgãos internos. Não obstante, o conhecimento do funcionamento da mente.

Um exemplo disso é o relaxamento autógeno, que busca a consciência na transformação da saúde postural. O relaxamento autógeno é uma prática de autoconhecimento das funções e do sistema mente-corpo.

De acordo com uma corrente de pensadores da psicologia, existe um paralelismo pisco-fisiológico entre a mente e as funções autônomas do corpo. A mente desenvolve uma conexão direta com o corpo, forjando liberações de neurotransmissores, hormonios e movimentos músculo-esqueléticos.
Durante o esporte, a liberação de secreções glandulares e de neurotransmissores músculo-esqueléticos mantém uma taxa elevada de cortisol e adrenalina no sangue. Esta condição hemodinâmica retira a saúde de órgãos como o coração, os rins e os vasos sanguíneos.

O pensamento que flui pela mente exerce uma interferência direta na produção de substâncias endócrinas, desencadeadas à partir de uma alteração do padrão respiratório.

É o tipo de respiração também, que determina o aparecimento de uma emoção na amídala do sistema límbico. De onde vem a emoção? Do padrão respiratório que o pensamento, através da mente, potencializou em forma de fisiologia.

Aí está a grande sacada para um esportista de fim de semana, ou para um atleta competidor: a interação com o funcionamento autônomo através da respiração. Este é um treinamento postural que previne uma série de desequilíbrios e lesões do desporto. Pode ser realizado durante a execução dos exercícios posturais convencionais, e ministrado de modo personalizado para cada nicho esportivo. Mas em todos os casos a respiração é um meio seguro de se equilibrar e curar certas lesões.

Esse conhecimento é ouro para um atleta de todos os dias. Porque de nada adianta ser um atleta de ponta esquecendo-se do principal, o autoconhecimento.



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